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sábado, 20 de março de 2010

funcionamento da tv digital

                                                             INTRODUÇÃO


Se você procurou recentemente por aparelhos de televisão nas grandes lojas de varejo de produtos eletrônicos, sabe que a TV digital, ou DTV, é o negócio do momento. A maioria das lojas dedica parte de sua área de televisores para os aparelhos de TV Digital, num movimento antecedido primeiro pelas TVs de tela plana, depois pelas Wide Screen e depois pelas TVs de Plasma e LCD.



A menos que você faça parte do pequeno grupo de pessoas que já adquiriu um aparelho de DTV, o que você tem em sua sala de estar é uma TV analógica normal que parece funcionar muito bem, apesar de toda essa agitação.


A maioria das pessoas, confrontada com esse nível de proliferação de produtos, somente pode perguntar: "Afinal, o que está acontecendo?!".

Neste artigo, vamos explorar o mundo da televisão digital para que você possa entender exatamente o que está acontecendo nesse meio.

A TV Digital no Brasil


No Brasil, a estréia da TV Digital ocorreu em 2 de dezembro de 2007, após muita polêmica em torno da tecnologia de transmissão que seria adotada: européia, americana ou japonesa. Em 2000, quando estava tudo certo para a escolha do modelo americano, o governo cogitou um padrão próprio, que implicaria o desenvolvimento no país de uma tecnologia de transmissão de sinal digital, exatamente como aconteceu com o sitema Pal-M para vídeo VHS.

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Diante de vários problemas, de muito lobby e do atraso do início das transmissões que a escolha por um padrão próprio acarretaria, optou-se por analisar e testar os três modelos novamente. Quase seis anos depois de iniciadas as discussões sobre a TV Digital, em 29 de junho de 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto regulamentando a escolha do padrão japonês para a TV digital brasileira. Na prática, isso quer dizer que a TV digital no país é compatível com a tecnologia atualmente utilizada no Japão.

As transmissões do sinal digital começaram por São Paulo, e vão ser estendidas para o resto do país progressivamente (veja quadro abaixo). Os conversores (também chamados de set-top boxes) que permitem aos televisores receber esses sinais digitais podem ser encontrados em lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, bem como os televisores preparados para a TV digital -geralmente essas TVs vêm identificadas com o selo "HD Ready". O governo brasileiro espera que, até dezembro de 2016, a TV digital substitua a TV analógica no país. Assim como nos EUA, quando isso acontecer, toda a transmissão analógica será interrompida e será necessário ter um conversor ou um televisor compatível com o sistema para poder assistir aos programas de tevê favoritos. As emissoras de televisão devem ter os equipamentos apropriados para transmitir os sinais e os consumidores devem ter os aparelhos de TV para receber tais sinais.


                                       CALENDARIO DA TV DIGITAL NO PAIS

2006 29 de junho: Governo decide adotar padrão japonês para a TV Digital

2007 Julho: começam a ser vendidos os primeiros conversores de sinal analógico-digital

2 de dezembro: começam as transmissões do sinal digital para a Grande São Paulo

2010 Primeiro semestre: Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro começam a receber o sinal digital

Segundo semestre: Salvador e Fortaleza

2011 O sinal digital passa a ser obrigatório em todas as capitais

2013 Transmissoras e retransmissoras de todas as cidades do país são obrigadas a passar o sinal digital

2016 O sinal analógico de televisão sai do ar. Quem não tiver um aparelho HD ou um conversor de sinal, não poderá ver tevê

Fonte: Anatel

A TV Digital nos EUA

A FCC (Federal Communications Commission) estabeleceu 17 de fevereiro de 2009 o prazo final para a transição do sistema analógico para o digital. Mas o prazo foi prorrogado, e o país passou para o digital dois meses depois, quando toda a transmissão analógica foi interrompida e os consumidores necessitaram de caixas conversoras para receber a programação em suas TVs antigas. Este prazo final foi postergado várias vezes nos últimos anos, tendo em vista a incapacidade de emissoras e consumidores em atender aos critérios da FCC para uma transmissão bem sucedida.

                                               ENTENDENDO A TV ANALOGICA


Para entender a TV digital, é útil entender a TV analógica para que você possa ver as diferenças (se você leu Como funciona a televisão, então sabe como a TV analógica funciona e poderá querer pular esta seção). Ela fornece um rápido resumo sobre o funcionamento da TV analógica.

Informações básicas

O padrão de TV analógica é utilizado nos Estados Unidos há cerca de 50 anos. Para repassar rapidamente, aqui estão os fundamentos da transmissão de televisão analógica:

•uma câmera de vídeo obtém uma imagem de uma cena. Isso ocorre a uma taxa de 30 quadros por segundo;

•a câmera rasteriza a cena. Ou seja, a câmera transforma a imagem em fileiras de pontos individuais chamados pixels. Para cada pixel é designada uma cor e uma intensidade;

•as fileiras de pixels são combinadas com sinais de sincronização, chamados sinais de sincronismo horizontal e sincronismo vertical, de modo que a eletrônica no interior do aparelho de TV saberá como exibir as fileiras de pixels.

Esse sinal final, que contém a cor e a intensidade de cada pixel em um conjunto de fileiras, junto com os sinais de sincronismo horizontal e vertical, é chamado de sinal de vídeo composto. O som é completamente independente. Quando você olha na parte posterior de seu vídeo cassete e vê o plugue amarelo, esse é o plugue do vídeo composto. O som pode ser um plugue branco (nos vídeo cassetes que não lidam com som estéreo) ou um plugue vermelho e um plugue branco (em vídeo cassetes estéreo).


Usando o sinal


Há uma série de coisas diferentes que você pode fazer com um sinal de vídeo composto e um sinal de som. Aqui estão algumas:

•você pode transmiti-los como ondas de rádio. Quando você conecta uma antena interna para melhorar a imagem de seu aparelho de TV e capta as estações locais de graça, está recebendo a transmissão de televisão proveniente das estações locais de TV;

•você pode gravá-los em um vídeo cassete;

•você pode transmiti-los por meio de um sistema de TV a cabo junto com centenas de outros sinais compostos.

Muitos tipos diferentes de equipamentos compreendem os sinais de vídeo composto.

Transmitindo um sinal de TV

Quando um sinal de vídeo composto é transmitido por meio de ondas aéreas por uma estação de TV, isso acontece em uma freqüência específica. Nos Estados Unidos, assim como no Brasil, essas freqüências são os conhecidos canais 2 a 13 em VHF e 14 a 83 em UHF.

O sinal de vídeo composto é transmitido como um sinal AM (de amplitude modulada) e o som, como um sinal FM (de freqüência modulada) nesses canais. Veja Como funciona a televisão para detalhes sobre a transmissão e Como funciona o rádio para detalhes sobre AM e FM. A FCC (agência federal que controla as telecomunicações nos EUA) reservou três bandas de freqüências no espectro de rádio, divididas em faixas de 6 MHz, para acomodar esses canais de TV:

•54 a 88 MHz para os canais 2 a 6

•174 a 216 MHz para os canais 7 a 13

•470 a 890 MHz para os canais UHF 14 a 83

Veja Como funciona o rádio para detalhes.

Quando seu vídeo cassete quer exibir seu sinal em uma TV analógica normal, ele pega o sinal de vídeo composto e o sinal de som da fita e então modula esses sinais em uma portadora de 60 MHz (canal 3) ou 66 MHz (canal 4), similar ao que uma estação de TV faria. Entretanto, em vez de transmiti-lo, o vídeo cassete envia o sinal direto para a TV. Um receptor de cabo ou de satélite faz a mesma coisa.

Hoje se fala muito em "sistemas de satélite digital" e "sistemas de cabo digital", mas eles não são a DTV. Esses aparelhos conversores recebem um sinal digital do satélite ou cabo. Entretanto, assim que é recebido, o sinal é convertido em um sinal analógico e enviado para sua TV analógica no canal 3 ou 4. Essa não é a verdadeira "televisão digital": é um sinal de vídeo composto normal para televisão analógica convertido em um formato digital para transmissão e, em seguida, convertido novamente para analógico para exibição.

A verdadeira TV digital, por outro lado, é completamente digital e envolve:

•câmeras digitais funcionando com uma resolução muito maior do que as câmeras analógicas;

•transmissão digital;

•exibição digital com uma resolução muito maior.

Na próxima seção você poderá ver a diferença na resolução.


Comprando um aparelho de TV digital


Se você for a uma loja de produtos eletrônicos para comprar um novo aparelho de TV, verá quatro tipos de aparelhos na prateleira:

•aparelhos de TV analógica;

•aparelhos prontos para digital - eles deveriam ser chamados de aparelhos de SDTV. Essas TVs são normalmente telas 480p com um sintonizador analógico (para os canais normais de 2 até 83) embutido. O problema com esses aparelhos é que sua resolução máxima é a baixa resolução SD 480p, que elimina as resoluções HD e torna a TV essencialmente inútil no futuro, se você planeja assistir a programas em HDTV;

•aparelhos prontos para HDTV - esses aparelhos são essencialmente monitores de computador capazes de exibir resolução 1080i/p na proporção de aspecto de 16:9. Eles podem ou não possuir sintonizadores analógicos embutidos;

•aparelhos HDTV integrados - esses aparelhos possuem um sintonizador digital para a transmissão de sinais DTV integrado em uma tela HDTV. Com os padrões mudando tanto, você pode terminar pagando um sintonizador integrado que se torne obsoleto.

A maneira preferida de lidar com a HDTV é adquirir os componentes separadamente:

•uma tela HDTV de 16:9 ccom resolução 720p e 1080i/p

•um receptor digital

•uma antena

Como a tela HDTV será o item mais caro e provavelmente durará 10 anos ou mais, comprar os componentes dessa maneira permite que você troque o receptor em caso de necessidade. Atualmente, existem três tipos de receptores:

1.você pode comprar um conversor e uma antena Yagi para receber os sinais de transmissão de HDTV;

2.pode adquirir um conversor e uma pequena parabólica de satélite para receber sinais HDTV provenientes de um satélite;

3.você também pode comprar uma placa para seu computador, como a placa accessDTV, junto com uma antena Yagi, e usá-la para receber sinais tanto para seu monitor de computador quanto para sua tela HDTV.

A placa accessDTV permite que você use seu disco rígido como um meio de armazenamento para as transmissões de TV digital recebidas. Ela salva todo o sinal de 19,39 Mbps (incluindo todos os subcanais) em seu disco rígido.

O que muda na minha TV?


Na teoria, nada muda na sua TV a partir do início das tranmissões dos sinais digitais. Na prática, quem tem aparelho de televisão full HD ou HDTV Ready passar a receber imagens de alta definição, em que os detalhes que passam desapercebidos nas transmissões analógicas finalmente aparecem na telinha. Quem tem um aparelho analógico terá de comprar um conversor para melhorar a imagem. Os assinantes de TV a cabo terão de trocar o decodificador da TV paga para melhorar a definição da imagem. E o custo será do cliente.



Os sinais digitais chegarão à sua TV via antena UHF (interna ou externa). Quem tem TV analógica deve ligar a antena no conversor de sinal. Alguns televisores full HD já vêm com conversor embutido. Neste caso, a antena deve ser conectada diretamente no aparelho. Sem o conversor, as imagens não aparecem na telinha.


Como funciona o sistema no Brasil

Com a adoção da TV Digital, as emissoras passam a gravar seus programas de duas formas:

•alta definiçao (HDTV) e formato widescreen

•definição padrão (SDTV) e formato tradicional.

O som poderá ser surround 5.1 ou estéreo, e as emissoras poderão adicionar interatividade na sua programação. Como shopping e votação em tempo real.

O sistema de TV digital brasileiro é o primeiro a adotar o padrão de codificação e compressão MPEG 4, de modo a permitir que os sinais de áudio e vídeo se tornem menores e mais fáceis de transmitir e que possam ser transmitidos juntos em um único feixe de dados. Isso evita, por exemplo, a dessincronia entre imagem e som. Esse processo de tratar imagem, som e interatividade juntos se chama multiplexação.
Depois da multiplexação, os dados ganham um novo formato (o sinal digital) para poderem viajar pelo ar da antena da transmissora até a antena UHF da sua casa. O padrão japonês foi escolhido justamente por oferecer maior robustez nesse processo, chamado de modulação. As antenas UHF captam o sinal digital e o envia para o conversor ligado à sua tevê.

TV 2.0

Portais e emissoras investem cada vez mais na chamada TV 2.0, que permite ao usuário ser mais participativo. Isso aumenta as possibilidades na Internet para a área de educação.

Interatividade

Ainda não é possível interagir com a programação, como permite a tecnologia da TV Digital. Isto porque o Ginga, um software que lê as informações de interatividade e que foi desenolvido no Brasil, ainda não foi incluído nos conversores disponíveis no mercado. Por enquanto, a única interatividade possível na TV digital é o guia de programação, quando fornecido pela emissora de TV.

Quanto custa

Para poder aproveitar a TV digital, o telespectador terá de desembolsar algumas centenas de reais. O pacote básico: antena UHF interna e conversor básico custa em torno de R$ 500. Plugados na sua TV analógica, eles exibem imagens digitais, mas não em alta definição. O pacote de alta definição, composto por TV Full HDTV (plasma ou LCD), conversor com conexão HDMI e compatível com o sinal de alta definição e antena externa UHF podem ultrapassar facilmente a casa dos R$ 5.000, dependendo do tamanho do aparelho de TV.